Desde o final do mês de dezembro do ano passado temos experimentado uma mudança grande de cenário. Começamos 2022 com mais uma onda da covid19 atingindo Fortaleza e muitos outros lugares do Brasil e do mundo, depois de meses de declínio de casos identificados.
A quantidade de irmãos de nossa igreja que testaram positivo para covid nestes últimos dias tem crescido exponencialmente. Chegam diariamente no meu celular dezenas de pedidos de oração de irmãos da igreja e amigos que apresentam sintomas gripais. As emergências dos hospitais, das UPAs, os laboratórios e os consultórios médicos estão cheios. Muitos têm se recolhido novamente em suas casas em quarentena. Encontros de confraternizações cancelados. Viagens adiadas. Neste cenário de mudanças e incertezas o que fazer?
Algumas pessoas fazem planos bem detalhados, com alvos e datas definidos e tudo devidamente anotado. Outros elaboram seus planos apenas mentalmente. Há os que estão vivendo um momento tão difícil, em que o importante é apenas sobreviver, sem planos para o futuro.
Seja na vida pessoal ou profissional, nós que trabalhamos procurando elaborar e seguir um planejamento, precisamos, mais do que nunca, pensar em num “Plano B”. O momento que vivemos requer este tipo de postura.
As boas notícias e perspectivas de mudanças da realidade nos últimos meses trouxeram aos nossos corações a esperança de que agora, finalmente, estávamos prestes a vencer definitivamente a covid19. Fomos deixando de lado certos protocolos e cuidados em relação à pandemia. Nada de errado em adotar esta postura. Afinal, a diminuição de casos e de mortes pela covid nos permitiu esta flexibilização.
Agora, a curto prazo, é prudente darmos “um passo atrás”. Nestes últimos meses tivemos uma oportunidade excelente de restabelecer contatos pessoais, de tomarmos refeições juntos, de nos abraçarmos mais… Foi maravilhoso. Porém, chegou o tempo de recuarmos com sabedoria para enfrentarmos esta nova onda. Às vezes, retroceder exige mais coragem do que avançar.
Se nestes dias apresentarmos sintomas gripais devemos ficar em casa. Tendo contato com pessoas infectadas pela covid e outras doenças contagiosas, devemos nos resguardar, evitando ser transmissores de qualquer tipo de vírus. É tempo de renúncias em prol do bem da coletividade, independente da ideologia que adotamos.
Quanto ao futuro, a médio e longo prazos, precisamos pensar em planos alternativos. Se nem tudo vier a melhorar nos próximos meses, como esperamos e gostaríamos, o que podemos fazer? Que opções temos, caso seja necessária uma mudança de planos? Que providências tomar para que o impacto de mudanças do que foi planejado seja minimizado? Como administrar eventuais frustrações no âmbito da família, no ambiente de trabalho, na igreja e na sociedade? Ao contratar um serviço, alugar um imóvel para uma temporada de descanso ou adquirir uma passagem aérea, que cuidados são requeridos nestes dias marcados por tanta imprevisibilidade?
Estes questionamentos podem ser respondidos elaborando-se um bom plano B.
Se precisarmos continuar trabalhando, cultuando, nos relacionando com os outros por mais um tempo com menos liberdade e cuidados maiores, não nos deixemos dominar pela amargura. Deus vai nos capacitar a enfrentar o que preciso for. Peçamos a direção dEle e elaboremos cuidadosamente um plano B. Se for necessário utilizá-lo estaremos mais preparados para enfrentar os desafios deste tempo. Caso, contrário, melhor ainda. Usaremos o plano A!
Venha o que viver, executando o Plano A ou B, que dependamos sempre de Deus.
Marcos Vieira Monteiro