Quem não acredita que Deus revela a sua vontade em um livro chamado Bíblia, quem a considera desatualizada e ultrapassada, quem deliberadamente distorce o que nela está escrito para justificar as suas práticas pecaminosas, jamais vai conseguir compreender porque cristãos defendem determinados posicionamentos no campo da ética pessoal.
Há comportamentos que criticamos não porque sejamos reacionários, rancorosos, radicais e intolerantes. A base de nossa crítica é a autoridade que atribuímos à Bíblia. Entendemos que ela apresenta princípios universais e atemporais, que se traduzem em leis divinas que sendo observadas, trazem benefícios para toda sociedade.
Grande parte do sofrimento e da confusão do mundo atual ocorre simplesmente porque pessoas se acham capazes de, à parte de Deus, definir o que é certo e o que é errado. Sob essa premissa elaboram-se leis que colidem com as leis de Deus.
A diferença entre leis feitas por homens e a lei de Deus é real e antiga. Quando os primeiros discípulos de Jesus em Jerusalém decidiram compartilhar o Evangelho, ao criticarem os líderes do seu povo, foram acusados de quebrarem as leis vigentes. Eles simplesmente anunciavam o Evangelho, o juízo divino e a necessidade de arrependimento.
Cada vez mais tem havido tentativas e pressões para calar a boca daqueles que proclamam as verdades divinas, dos que denunciam o erro, não apenas dos que cometem pecados sexuais, mas daqueles que se mobilizam para torná-los aceitáveis.
Não é lamentável, que apenas por anunciarmos o que está na lei divina, somos acusados de agir sem amor? Por que querem nos calar? Onde está a liberdade de opinião? Por que os que defendem a liberdade sexual sem os limites propostos por Deus podem se expressar sem receio de serem punidos? Por que a lei vale apenas para os que defendem que adultos podem dispor do seu corpo como bem entenderem? Por que punir os que insistem em defender que há relacionamentos na área sexual inadequados para qualquer ser humano? Por que há leis que obrigam ensinar às crianças que determinados relacionamentos devem ser aceitos como normais, mesmo que seus pais pensem o contrário?
Por que o direito de doutrinar a sociedade com o que julgam ser correto, deve ser concedido apenas para aqueles que não respeitam as leis de Deus? Não temos mais o direito de chamar o pecado de pecado? Por que querem nos proibir de afirmar que determinadas práticas são abomináveis aos olhos de Deus?
Não devemos temer ser criticados por nossas convicções. Isso é absolutamente esperado. O que não é aceitável é sermos tratados como criminosos apenas por expor o que está na lei de Deus e as consequências da quebra desta lei.
Parece que hoje muitos cristãos temem mais quebrar as leis humanas do que as leis divinas. Tem faltado a coragem dos primeiros discípulos: “Antes importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).
Há, de fato, um choque entre a Lei de Deus e as leis humanas. Este confronto se torna cada vez mais visível quando os que não aceitam a autoridade da Bíblia no campo moral, tem espaço e incentivo para propagar suas ideias livremente. Por outro lado, aqueles que desejam proteger as crianças e adolescentes das ideologias contrárias às leis divinas, se tornam infratores de absurdas leis humanas.
O fato é que cada um de nós tem diante de si uma escolha: obedecer a Deus ou se submeter às leis humanas que estão em confronto com a Lei divina. Esta escolha pode custar caro num contexto social em que muitos pregam uma tolerância unilateral. Talvez este seja um dos principais testes nestes dias, sobre nossa fidelidade a Deus e à sua Palavra.
Marcos Vieira Monteiro