Incertezas quanto a duração da pandemia no mundo, no Brasil e em nossa cidade. Incertezas de quando chegaremos ao “pico da curva” de contaminação. Incertezas quanto ao futuro do país. Incertezas na área econômica. Este é o nosso cenário atual.
Qual será o impacto desta crise em nossas finanças pessoais, na empresa onde trabalhamos, na cidade onde vivemos? Quando poderemos sair de casa com relativa segurança? Quando teremos uma vacina ou um remédio eficaz contra a covid19?
Muitas perguntas e poucas respostas convincentes.
Mas além destas incertezas que são discutidas e debatidas diariamente nos meios de comunicação, lá no fundo do coração podem surgir outras ainda mais perturbadoras. Incertezas, por exemplo, em relação à morte.
Será que existe alguém na face da terra que nestes dias não pensou, ao menos uma vez, sobre a realidade da morte? Com a mídia nos massacrando diariamente ao apresentar o crescente número de mortos em todo planeta é simplesmente impossível ignorar o poder deste grande inimigo.
Sem a correria do dia a dia, no silêncio de uma noite insone, surgem muitas perguntas: qual o sentido de minha vida? Se eu for infectado e o meu corpo não reagir, qual será o meu futuro? Estou preparado para fechar os olhos aqui e abrir na eternidade? Que vida terei depois desta vida?
A realidade é que a morte não faz parte da ordem natural estabelecida por Deus. O projeto original divino era, e continua sendo na direção da vida. Creio que é por isso que queremos tanto viver e não aceitamos com facilidade a realidade da morte. Parece-me que, nestes dias, tem crescido dentro de nós a consciência de nossa finitude. Isso dói. Queremos viver mais. Temos ainda sonhos a serem realizados… Exceto em casos de doenças mentais, emocionais, ou que trazem intenso sofrimento físico, o normal é o desejo de continuar vivendo.
Mas como cristãos, sabemos que o que nos espera depois desta vida é muito superior a tudo que vivemos agora. Sabemos, mas ainda assim, preferimos desfrutar ao máximo a vida que Deus nos tem dado aqui na terra. Eis um grande paradoxo existencial.
Neste tempo de preocupações e dor é muito importante nos apropriarmos das promessas de Deus. Promessas para a nossa realidade atual e promessas que envolvem o nosso futuro.
Diante da possibilidade da morte há muitos que se desesperam. Desesperam-se completamente porque a morte para eles significa apenas frustração dos planos que não serão realizados e dor pela separação dos parentes e amigos. Desesperam-se porque não cultivaram a esperança de uma vida eterna com Deus.
Para mim uma das mais preciosas promessas de Deus é a registrada pelo apóstolo João: “E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho. Quem tem o Filho, tem a vida: quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que creem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna.” (I João 5:11-12)
A vida eterna não é algo que esperamos obter apenas no futuro. Todos os que crêem em Jesus de todo o coração já têm a vida eterna. É um presente que recebemos no momento em que depositamos nossa fé em Jesus Cristo. “Quem tem o Filho (Jesus) tem a vida”. Observe que o verbo ter está no presente e não no futuro.
Se a vida eterna dependesse de nossas obras jamais poderíamos nos sentir seguros. Quanto seria necessário realizar para merecermos a vida eterna?
Esta vida que recebemos pela fé em Deus tem como característica a eternidade. Por essa razão é impossível perdermos algo que é inerentemente eterno.
Joao deixou bem claro a sua intenção: “Escrevi estas coisas… para que vocês saibam que têm a vida eterna”. (I João 5:13)
Como é maravilhoso, em um cenário de tantas incertezas, exclusivamente porque depositamos nossa fé em Jesus como Salvador e Senhor de nossas vidas, desfrutarmos a certeza da vida eterna. Vida de comunhão com Deus que começa aqui e que perdura por toda a eternidade.
Você já tem esta certeza em seu coração?
Marcos Vieira Monteiro