Em tempos de internet todos nós temos a oportunidade de compartilhar algum tipo de mensagem. Todos, até mesmo os que têm uma instrução precária ou semianalfabetos, podemos pelo whatsapp nos comunicar com centenas de pessoas, dependendo tão somente do tamanho de nossa lista de contatos. Assim, compartilhamos fotos, vídeos, textos, emojis, aquelas famosas mensagens de “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”. Encaminhamos links de lives, de cultos, de pregações, de palestras…
Eu sei que nem todos usam as redes sociais redigindo seus próprios textos ou enviando frequentemente suas fotos e vídeos. Há aqueles que conseguem se limitar à comunicação de assuntos pessoais e urgentes. Mas, grande parte das pessoas utiliza a internet para expressar suas ideias e sentimentos. Faz militância política, religiosa, ideológica, promove causas nas quais acredita, presta homenagens, discute, agride outros membros do grupo de whatsapp e demonstra seu conhecimento ou ignorância sobre os mais diversos assuntos.
O que postamos traz à luz nossos valores e crenças. O que escrevemos ou encaminhamos revela, em uma grande medida, quem somos.
Depois de algum tempo, somos capazes de identificar qual deve ser o conteúdo que recebemos de pessoas que regularmente nos enviam uma mensagem, antes mesmo de lê-la, ou de ver o vídeo.
Há aqueles que sempre nos enviam textos, vídeos e links com conteúdos que julgamos relevantes e bons. Conteúdos que nos fazem crescer no conhecimento, agregam valor à nossa vida, nos ajudam a crescer, inspiram, desafiam, confortam e nos enchem de esperança. Outros, porém, nos enviam somente mensagens de confronto, agressões, críticas a um determinado partido ou ideologia, denúncias, fake news, abordagens negativas sobre tudo e sobre todos.
Não temos como evitar receber mensagens pessimistas. É claro que podemos sair de grupos onde circula apenas este tipo de informação (verdadeira ou falsa). Podemos optar também por não abrir determinadas mensagens, olhando apenas quem as enviou.
Considerando este cenário, a pergunta que faço a mim mesmo é: quais conteúdos estou compartilhando com maior frequência? O que compartilho, na maioria das vezes, transmite esperança e a graça de Deus, estimula a confiança no Senhor e ajuda as pessoas a verem a realidade numa perspectiva espiritual?
Podemos e até devemos compartilhar algo que não é positivo, porque essa realidade está presente no mundo ao nosso redor. Determinados alertas podem nos ajudar a tomar decisões corretas, evitando cairmos em algumas ciladas. Mas, será que tudo que compartilhamos precisa ter um conteúdo negativo e pessimista?
A principal mensagem que um cristão tem a encaminhar aos outros chama-se Evangelho. Evangelho significa, literalmente, “boas novas”.
Tudo indica que a pandemia está chegando ao fim, mas, há quem insista em continuar compartilhando apenas notícias ruins e “alertas”.
A grande mídia geralmente prioriza as notícias ruins. Você pode fazer diferente. Escolha partilhar também o que é bom, inspirador e positivo. Você pode optar por ser menos como João Batista, o profeta do juízo e mais como João, o apóstolo do amor.
Marcos Vieira Monteiro