Não sou capaz de compreender as verdadeiras “razões” de uma guerra e nem de analisar todos os seus possíveis desdobramentos. Mesmo assim, creio, que a maioria das guerras são muito reveladoras.
As guerras revelam ressentimentos guardados durante anos e anos e até mesmo séculos…
As guerras revelam os medos de que o nosso inimigo nos ataque, se aproprie do que possuímos e nos destrua.
As guerras revelam a impressionante e pecaminosa habilidade humana de sempre responsabilizar o outro pelo início dos conflitos.
As guerras revelam a enorme capacidade do ser humano tentar justificar o injustificável.
As guerras revelam a ignorância de não aprendermos com os erros do passado.
As guerras revelam a estupidez dos políticos e dos que acreditam em suas mentiras.
As guerras revelam a insensibilidade diante da dor e desespero de milhões de vítimas inocentes.
As guerras revelam o alcance da cobiça e da ganância.
As guerras revelam quão vulneráveis são os bens que possuímos. O que foi conquistado durante anos, vira pó em poucos minutos.
As guerras revelam como o dom divino da inteligência, concedido para promover o progresso da humanidade, pode ser deturpado e usado para criar armas de destruição de vidas preciosas e de tudo o que foi construído com tanto esforço e beleza.
As guerras revelam que as mãos que Deus nos concedeu para curar, acariciar e servir, podem se tornar instrumentos diabólicos para atirar, destruir e matar.
As guerras revelam que os braços que deveriam estar ocupados no campo, nas fábricas, transportando alimentos para quem tem fome, são utilizados para carregar artefatos bélicos e corpos carbonizados.
As guerras revelam que as bocas que deveriam proferir bênçãos e palavras de esperança, se transformam em fonte de mentiras e ordens que resultam em violência e mortes.
As guerras revelam que a tentação do Éden permanece atual: a busca de um poder sem limites.
As guerras revelam quão fracos são os que precisam das armas para impor as suas “verdades”.
As guerras revelam como é fácil cultuarmos falsos heróis.
As guerras revelam como o apego acrítico a uma ideologia pode nos cegar.
As guerras revelam que o preço da liberdade pode ser caro demais.
As guerras revelam a total falta de temor a Deus.
As guerras revelam o pior da raça humana.
As guerras revelam importantes verdades bíblicas: trágicas e longevas são as consequências do pecado original, o mundo “jaz no Maligno” e até o fim do mundo e especialmente perto do fim, conviveremos com guerras e rumores de guerras.
As guerras revelam quão frágeis somos e como desesperadamente precisamos de Deus para nos proteger e operar milagres.
As guerras revelam que há momentos em que somente uma intervenção sobrenatural de Deus pode nos reconduzir aos caminhos da paz.
Se orarmos, as guerras revelarão que o maior poder não é das armas, mas daquele que “faz cessar as guerras até os confins da terra, quebra o arco e despedaça a lança, destrói os carros com fogo.” (Salmo 46:9).
Quem detém este poder? O Senhor dos Exércitos, o “Deus conosco”, o Deus de Jacó, que é o nosso refúgio. (Salmo 46:11). Então, oremos.
Marcos Vieira Monteiro