De forma surpreendente, na madrugada da última terça feira, o Brasil descobriu a “Fadinha do Skate”. Uma adolescente de apenas 13 anos, lá do interior do Maranhão, carinha de menina, de um momento para o outro se tornou uma celebridade ao subir no pódio e receber a medalha de prata no Skate das Olimpíadas de Tóquio.
Raíssa Leal ganhou este apelido em 2015 em um desfile de 7 de Setembro, de sua cidade natal, em Imperatriz, quando fez uma apresentação com a fantasia de uma fada. Ela tinha apenas 6 anos de idade. Foi gravado um vídeo no qual fazia uma manobra muito difícil no skate. Este vídeo viralizou e ela começou a ficar conhecida em outros lugares do Brasil e do mundo. Posteriormente ganhou o Campeonato Brasileiro de Skate Mirim. Nesta semana Raíssa fez história ao se tornar a mais jovem atleta brasileira a conquistar uma medalha olímpica.
Ao ver a origem de Raíssa encontro motivos de gratidão a Deus. Ela e sua família são membros da Primeira Igreja Batista de Imperatriz. Ela partiu para Tóquio, sendo acompanhada por sua mãe, recebendo a oração de sua igreja. Não sei detalhes de sua vida familiar e do nível de seu compromisso com Deus. Ao que tudo indica ela teve o apoio de sua família para chegar aonde chegou. Seus pais tiveram a sabedoria de não se deixarem levar pelo preconceito contra um esporte praticado principalmente por meninos. O fato dela ser conhecida como “fadinha”, para mim é muito significativo, nestes tempos em que existe uma campanha aberta e cruel dos meios de comunicação para desconstruir o feminino e o masculino.
Raíssa com sua alegria e simplicidade revela que ser cristão não significa ser alienado e carrancudo.
Sua história de sucesso nos relembra que quando os pais percebem o potencial dos seus filhos em uma área específica e os incentivam eles podem ir muito longe…
Não sabemos o seu futuro. Certamente ela tem boas perspectivas de muitas outras conquistas. Mas, não podemos ignorar o fato que o caminho de qualquer atleta é cheio de percalços e armadilhas. A fama precoce precisa ser bem administrada para que ela preserve a sua saúde mental, emocional e espiritual.
Olhando para a “fadinha do skate” e reconhecendo nela minha irmã em Cristo senti o desejo de orar por ela de forma especial. Que não lhe falte o apoio familiar, de sua igreja e amigos. Apoio que lhe conceda equilíbrio ao longo de sua vida. Que ela possa desde cedo compreender que a fama geralmente é muito fugaz. A glória humana pode ser perdida em pouco tempo se os resultados que ela alcançar daqui para frente não forem os esperados.
Se os prognósticos sobre ela se confirmarem, que seja uma inspiração não apenas no campo esportivo, mas para muitas crianças no interior do Brasil, a fim de que batalhem pelos seus sonhos. Espero que a Raíssa seja uma adolescente, uma jovem, uma mulher cristã, que inspire muitos com um testemunho cristão que glorifique a Deus. Que saiba aproveitar as portas do sucesso para, com sabedoria, compartilhar a sua fé com ações e palavras. Que os seus valores morais e éticos sejam respaldados na Palavra de Deus.
Torço para que sua trajetória seja de grande sucesso, sem acidentes graves e que a “fadinha do skate”, por onde passar deixe no ar alegria, leveza e o “bom perfume” de Cristo.
Marcos Vieira Monteiro