As atrações do mundo podem nos seduzir e assim perdermos o rumo na estrada da vida.
Se não estivermos atentos, podemos cair nas armadilhas de Satanás e permaneceremos parados, sem capacitação ou disposição de seguir adiante.
O nosso coração é enganoso. Atendendo a todos os seus desejos, tomaremos um atalho que nos levará cada vez mais longe do caminho proposto por Deus para cada um de nós.
O comodismo pode nos deixar em casa, quando deveríamos sair para exercitar, cultuar e servir ao próximo.
A preguiça pode nos aprisionar em uma cama, um sofá, na frente de uma tela… Então, deixamos escapar as oportunidades de usar os dons e talentos que Deus nos concedeu para abençoar os outros. A vida vai passando e ficamos no pé da montanha no mesmo lugar de pedintes. Não seguimos a trilha dos doadores, que nos levará ao topo onde se respira o ar puro da generosidade.
A ingratidão pode nos fazer esquecer precocemente que Deus esteve conosco quando atravessamos o vale da sombra da morte e nos conduzir aos muros de lamentação.
A decepção com orações não respondidas gerou uma tristeza profunda que pode nos impedir de ver o agir maravilhoso de Deus e tantos outros trechos de nossa jornada no passado.
A ausência de percepção da graça divina pode obstruir a nossa trajetória na direção da comunhão com Deus, no silêncio do nosso quarto ou nas celebrações festivas no templo.
A pandemia pode ter nos afastado de amigos, do cultivo de relacionamento com irmãos em Cristo, roubado o prazer de servir e agora estamos caminhando sozinhos e apáticos.
Tudo isso pode ter acontecido ou estar acontecendo, mas não precisa continuar sendo assim. Pode ser bem diferente. Depende apenas de uma decisão: ouvirmos outra vez a voz de Deus.
Escutemos a voz do nosso Pai Celestial, do Bom Pastor e do Consolador. Pai, Filho e Espírito Santo nos chamam: “voltem!”
Este convite vem desde os tempos do Antigo Testamento: “Voltem-se para o Senhor, o seu Deus, pois Ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor, arrependam-se…” (Joel 2:13).
Os convites divinos são incessantes:
“Busquem o Senhor enquanto é possível achá-lo, clamem por Ele enquanto está perto. Que o ímpio abandone o seu caminho, e o homem mau os seus pensamentos. Volte-se Ele para o Senhor, que terá misericórdia dele, volte-se para o nosso Deus, pois Ele dá de bom grado o seu perdão” (Isaías 55:6,7).
Onde estamos hoje em nossa jornada aqui na terra? Prisioneiros, ainda dentro de casa, temerosos, desanimados, solitários, imobilizados, caídos? É tempo de voltar e agir como o “filho pródigo:” levantar-se e voltar para casa, dispostos a recomeçar.
Se nos afastamos de Deus e dos Seus caminhos, agora é hora de voltarmos a andar no caminho estreito, tendo a Sua Palavra como bússola e seguindo as instruções do Espírito Santo, o GPS que nos indica os melhores caminhos por onde devemos ir, para chegarmos com segurança ao nosso destino final.
Se pegamos um atalho ou nos encontramos paralisados à beira da estrada, voltemos! Voltemos ao “primeiro amor”, às veredas antigas da comunhão com Deus, com a nossa família e com os irmãos em Cristo. Voltemos hoje mesmo, neste fim de semana e definitivamente!
Marcos Vieira Monteiro