No domingo passado celebramos dois cultos muito especiais. Cultos de gratidão a Deus pela vida de membros de nossa igreja e seus parentes que faleceram nos últimos 20 meses. Foi um momento em que procuramos manifestar a nossa solidariedade às famílias enlutadas.
Muitos familiares não puderam realizar um culto de gratidão por ocasião do falecimento de uma pessoa querida no período da pandemia. Com estes cultos procuramos criar esta oportunidade.
Nessa ocasião relembrei a maravilhosa verdade que Deus, em Jesus, chora conosco nestes tempos de tanta dor. A dor do luto é muito intensa para a grande maioria das pessoas. Sabemos que não existe um tempo fixo para que uma pessoa se sinta enlutada. Devemos respeitar a dimensão da dor daquele que está vivendo o luto. Esta dor não pode ser comparada nem a que já experimentamos em uma situação de luto por um amigo ou parente. Cada luto é muito singular. Há apenas uma pessoa capaz de entender toda a dimensão de nosso sofrimento: Jesus Cristo.
O que mais tem o poder de minimizar o sofrimento quando estamos atravessando o vale da sombra da morte, ao vivenciarmos o tempo de luto?
Uma das nossas fontes de consolo é a esperança. Esperança alicerçada nas promessas de Deus. Esperança que nasce da fé que Ele é fiel e o que está escrito em sua Palavra é verdadeiro.
O que esperamos para além de nossa existência aqui na terra?
É difícil para mim imaginar o que significa enfrentar a realidade da morte, sem expectativas em relação à vida futura.
Os cristãos são privilegiados porque, mesmo estando sujeitos a muitas dores e sofrimentos inexplicáveis neste mundo, como qualquer outra pessoa, possuem uma esperança consoladora.
A fé em Jesus Cristo nos conduz no caminho da esperança de um futuro radicalmente diferente e superior a tudo que experimentamos até o dia de hoje e vivenciaremos até o nosso último fôlego de vida neste planeta.
Qual a nossa melhor esperança? Esperamos nos encontrar com Jesus pessoalmente e permanecer ao lado dEle.
Quando estamos muito apaixonados, quando amamos muito namorada(o), cônjuge, um familiar ou amigo e nos encontramos distantes fisicamente, não existe tecnologia que substitua o contato pessoal. Ansiamos pelo momento em que podemos nos reencontrar e dar um abraço apertado, olhar nos olhos, sorrir, beijar… O que pode ser mais emocionante do que o encontro com aquele que nos ama incondicionalmente e mais do que qualquer outra pessoa na face da terra? Nosso encontro mais arrebatador com outro ser humano não se compara a este que teremos quando chegarmos ao céu.
Cultivamos não somente a esperança deste encontro pessoal com nosso Salvador. Iniciaremos uma nova fase no relacionamento com Jesus em uma nova dimensão de intimidade indescritível. Haverá maior alegria no céu do que o privilégio de viver conhecendo a Deus como Ele é? Poder tocar e receber o toque de Jesus, contemplá-lo face a face e ouvir audivelmente a Sua voz, não apenas por um momento, mas por toda a eternidade?
Creio que foi isso que Jesus nos ensinou quando disse: “A vida eterna é esta: que conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).
A alegria do céu será desfrutada por aqueles que, por um longo ou curtíssimo tempo, experimentaram a alegria do encontro com Ele aqui na terra. O prazer exclusivo de uma vida de inigualável intimidade com Deus é sempre precedido pela graça de conhecer Jesus ainda nesta vida. Esta é nossa melhor esperança.
Marcos Vieira Monteiro