Como enfrentar a crise econômica desencadeada ou ampliada pelo coronavirus?
Não sou economista ou especialista nesta área, mas às vezes, como líder espiritual recebo consultas de irmãos e amigos sobre decisões nesta área tão importante de nossas vidas.
Não tenho todas as respostas, mas compartilho com você o resultado de algumas reflexões e leituras. Também encaminho um vídeo que, mesmo não concordando em todos os detalhes com o youtuber, acredito que sua fala é muito pertinente.
Para enfrentar esta crise econômica, penso que a primeira providência é uma autocrítica sincera. Mais do que nunca, cada um de nós precisa avaliar, por exemplo, o seu grau de empregabilidade e/ou viabilidade do seu negócio ou o serviço que presta à comunidade onde está inserido, ou até mesmo ao mundo. Perguntas importantes: Quais são as minhas qualificações atuais? Que competências possuo que são úteis ao mercado de trabalho? O que este tempo de trabalho home office revelou sobre minha utilidade na empresa que me emprega? O que aprendi sobre o meu negócio? Que mudanças são requeridas agora quando há tantas restrições sanitárias para atender meus clientes? O que é possível fazer on-line e o que só funciona bem presencialmente? Devo fechar o meu espaço físico e me concentrar nos serviços on-line? Terei condições de pagar o aluguel de minha loja nos próximos meses? Que renegociação posso propor ao proprietário? Se tenho imóveis como negociar com meus inquilinos de tal maneira a não perdê-los? Posso viver com menos recursos financeiros, mas também com menos preocupações? Como preservar o negócio rentável sem fazer demitir colaboradores leais e dedicados? Que recursos governamentais tenho ao meu dispor para atravessar os próximos meses? Que refinanciamentos estão disponíveis? Que oportunidades novas estão surgindo de trabalho que eu posso aproveitar como empreendedor?
Sei que estas perguntas nem sempre têm respostas fáceis e padronizadas, mas as considero relevantes.
No vídeo que anexo à “Palavra Pastoral” de hoje há um outro desafio para enfrentar este momento crítico: o convite à partilha. Para que a crise seja superada precisamos ajudar uns aos outros. Perceber as necessidades das pessoas do nosso círculo de relacionamento. Cooperar para que elas consigam um trabalho. Adquirir seus produtos e serviços, mesmo que paguemos um pouco mais por eles. Valorizar o comércio local. Priorizar a indústria brasileira e o turismo em nosso país. Investir na formação profissional de pessoas que têm poucos recursos financeiros, mas potencial e vocação para atuarem em uma área que lhes conceda um sustento condigno. Ajudar ao próximo sem esperar retribuição. Investir em projetos na área de saúde pública e desenvolvimento científico na área da medicina. Apoiar projetos e instituições sociais que trabalhem com honestidade, transparência e competência ajudando crianças, adolescentes, idosos, pessoas em situação de vulnerabilidade. A palavra de ordem agora é: solidariedade.
Finalmente, o convido a crer que, como filho de Deus, Ele vai lhe conceder o necessário para o seu sustento básico. Deus não tem um compromisso com todos os seus desejos e luxos. Mas conectado com Ele e com sua família de fé, sensível à Sua voz, Ele vai suprí-lo. Não se desespere. Pare de ficar pensando no pior. Compartilhe suas necessidades com seus irmãos. Ofereça seus serviços. Fortaleça o seu relacionamento com Deus e peça-lhe sabedoria, portas abertas e coragem. Creia: o seu Pai Celestial não vai desampará-lo justo agora, quando mais você está precisando dEle.
Marcos Vieira Monteiro