Eis uma pergunta muitíssimo relevante, especialmente nos dias atuais.
Não sei se hoje mais do que no passado, nos deparamos com uma “guerra de narrativas”.
Por exemplo: recebemos diariamente informações diversas sobre a guerra no leste da Europa. As que o presidente da Rússia e o presidente da Ucrânia passam para seus conterrâneos e para o mundo não são coincidentes. Não me refiro aqui às suas análises e opiniões. Os números que eles apresentam de feridos, de mortos, de ocupação de espaços e de áreas atingidas são diferentes. Em quem acreditar?
Recebemos informações divergentes na imprensa e nas redes sociais. Quais são confiáveis?
É fundamental ter um olhar crítico sobre a origem da informação recebida, a credibilidade técnica e moral de quem a está compartilhando e os interesses que podem estar em jogo.
Em quem acreditamos? Às vezes não verificamos a procedência de uma informação e imediatamente a repassamos apenas porque ela confirma as nossas rasas opiniões ou convicções prévias. Erro semelhante cometemos quando repassamos uma informação sem verificar a legitimidade da pessoa que a emite ou a sua opinião.
Infelizmente, até mesmo informações que recebemos de líderes religiosos, de pessoas que parecem ser piedosas e que compartilham da mesma fé que temos em Deus, nem sempre são plenamente confiáveis. Há notícias que eu gostaria muito que fossem verdadeiras, mas se desconheço sua origem evito celebrá-las e não as repasso até que consiga checar sua autenticidade.
Há pessoas e instituições nas quais confio porque os conheço de longa data. Para saber sobre o que de fato está acontecendo com os cristãos na Ucrânia nestes dias e qual a realidade sobre a situação de civis nas cidades atacadas, eu assisto os vídeos dos missionários da Junta de Missões Mundiais que estão lá nos esconderijos subterrâneos na Ucrânia ou ajudando os refugiados nos países vizinhos. Vejo e creio nos depoimentos do nosso executivo de Missões Mundiais, Pr. João Marcos, pois ele tem contato direto com esses missionários que estão ali no front de batalha.
Quando recebo de um líder da nossa denominação um vídeo com o apelo do presidente da Aliança Batista Mundial, eu não tenho receio de compartilhá-lo, porque sei que as informações contidas nele são confiáveis.
De quem você recebe as informações que costuma compartilhar em suas redes sociais? Suas fontes são realmente legítimas e plenamente confiáveis?
Cuidado, não seja ingênuo! O mais importante não é se uma informação é “boa” ou “ruim”. Se ela é falsa é sempre uma péssima notícia. Você sabe quem é o Pai da Mentira. Não acredite em tudo. Não repasse uma informação, quer você considere uma ótima notícia ou a que traz um alerta de perigo. Se não tiver certeza absoluta de sua veracidade, guarde-a apenas consigo.
Marcos Vieira Monteiro